Mensagem de Paz

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma Oração Inteligente (1Rs 8.22-53)

Uma das orações mais longas dentre as registradas na Bíblia Sagrada, também considerada uma oração inteligente, feita por Salomão.
Em suas 1.050 palavras, Salomão se dirigiu a Deus reconhecendo o seu poder e soberania sobre a sua vida, fato que o levou a ser grandemente abençoado, a despeito de seu fracasso posterior.
Na sua forma de expressar, primeiro Salomão pôs-se diante do altar (v 22). Isso fala de colocar-se na presença de Deus em humildade e submissão, derramar-se completamente diante do seu poder e santidade, confessar os pecados e confiar na resposta de Deus às suas petições. Segundo, Salomão estendeu as mão para os céus (v 22). Isso fala de adoração. A sua forma reverente de apresentar-se a Deus em adoração e louvor o fez agradável ao Senhor.
Salomão se dirigiu a Deus expressando:
1.       Senhor Deus de Israel (vv 23,25).
2.       Ó Deus de Israel (v 26).
3.       Ó Senhor meu Deus (v 28).
4.       Senhor Deus (v 53).
A oração de Salomão apresenta três divisões.
1.       Um apelo geral para que Deus honrasse sua palavra a Davi e ouvisse a oração de seu servo, Salomão (vv 22-30)
2.       Sete petições especiais (vv 31-50). Expressas mediante paralelismos poéticos. Suas colocações foram de um modo condicional, contrapondo-se o vocábulo “quando”, ou “se”, à palavra “então”. Veja:
a.        Quando um homem for obrigado a prestar algum juramento, então ouve do céu e age (vv.31,32).
b.       Quando o povo de Israel confessar o seu pecado, então ouve do céu e perdoa o seu pecado (vv.31,32).
c.        Quando se converterem do seu mau caminho, porque os afligiste, então ouve do céu e perdoa-lhes o pecado (vv.35,36).
d.       Quando o povo enfrentar fome, ou praga, e voltar-se para ti em oração, então retribui a cada um segundo o seu coração (vv. 37-40).
e.       Quando chegar um estrangeiro e orar voltado para o templo, por causa do teu grande nome, então faze tudo o que ele clamar a ti (vv.41-43).
f.         Quando enviares o teu povo à guerra, e eles orarem, então ouve do céu e sustenta a causa deles (vv.44,45).
g.        Quando forem levados em cativeiro, se abandonarem o seu pecado e orarem, então ouve a sua oração e perdoa-lhes o pecado (vv.46-51).
3.       Um apelo final, solicitando o cuidado especial de DEUS sobre o povo que escolhera para que fosse seu, entre todos os povos da terra (vv.51-53).
Salomão era consciente de que as bênçãos e as provisões de Deus estavam relacionadas a ações concretas no sentido de satisfazer às condições e requisitos divinos. Esquecer esse fato é orar em vão.
                No versículo 27, ao reconhecer a onipresença de DEUS como o faz, Salomão revela a percepção que tinha da grandeza e infinidade divinas, certamente um ingrediente vital na oração eficaz.
                Não há quem se iguale ao Deus Todo-Poderoso que é ao mesmo tempo infinito e eterno, que não pode ser contido numa mera casa terrestre, nem está limitado ao tempo.
                O que é mais gratificante em tudo isso é não estar preso às limitações humanas e se aproximar desse Deus tão grande e poderoso que para pra ouvir uma oração inteligente.
                Ore! Deus está apenas esperando ouvir de sua boca a expressão de suas necessidades.

Um comentário:

  1. As pessoas precisam mais e mais de palavras que tragam um teor tão profundo e de fácil compreensão como esse artigo. De fato, a expressão verbal quebra a barreira do silêncio espiritual.
    Um abraço, meu amigo Pr. Valdivino.

    Do Diácono Rubens Júnior.

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